16 janeiro 2015

Oscar 2015: lista divulgada, que comecem as apostas!

   Ontem os cinéfilos foram ao delírio, não bastasse a exposição dos melhores do ano no CCBB que está acontecendo durante todo o mês de Janeiro, foi dia de comemoração para os amantes do cinema. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas divulgou na manhã dessa quinta-feira (15) a lista completa dos indicados ao Oscar 2015 e filmes que passaram pelo Golden Globe Awards garantiram seu lugar na disputa e, diga-se de passagem, vieram em peso. 
   Uma boa surpresa foi a indicação do documentário "O Sal da Terra" que conta sobre a vida do fotógrafo brasileiro Sebastião Salgado e uma outra não tão surpreendente porém bastante esperada pelos admiradores de Wes Anderson foi a indicação de "O grande Hotel Budapeste", que lidera as indicações junto com "Birdman".


   Você pode conferir abaixo a lista de indicados:


Melhor filme
"Sniper americano"

"Birdman"
"Boyhood: Da infância à juventude"
"O grande hotel Budapeste"
"O jogo da imitação"
"Selma"
"A teoria de tudo"
"Whiplash"

Melhor diretor
Alejandro Gonzáles Iñárritu (“Birdman”)

Richard Linklater (“Boyhood”)
Bennett Miller (“Foxcatcher: Uma história que chocou o mundo”)
Wes Anderson (“O grande hotel Budapeste”)
Morten Tyldum (“O jogo da imitação”)

Melhor ator
Steve Carell (“Foxcatcher”)

Bradley Cooper (“Sniper americano”)
Benedict Cumbertatch (“O jogo da imitação”)
Michael Keaton (“Birdman”)
Eddie Redmayne (“A teoria de tudo”)

Melhor ator coadjuvante
Robert Duvall (“O juiz”)

Ethan Hawke (“Boyhood”)
Edward Norton (“Birdman”)
Mark Ruffalo (“Foxcatcher”)
JK Simons (“Whiplash”)

Melhor atriz
Marion Cotillard (“Dois dias, uma noite”)

Felicity Jones (“A teoria de tudo”)
Julianne Moore (“Para sempre Alice”)
Rosamund Pike (“Garota exemplar”)
Reese Whiterspoon (“Livre”)

Melhor atriz coadjuvante
Patricia Arquette (“Boyhood”)

Laura Dern (“Livre”)
Keira Knightley (“O jogo da imitação”)
Emma Stone (“Birdman”)
Meryl Streep (“Caminhos da floresta”)

Melhor filme em língua estrangeira
"Ida" (Polônia)

"Leviatã" (Rússia)
"Tangerines" (Estônia)
"Timbuktu" (Mauritânia)
"Relatos selvagens" (Argentina)

Melhor documentário
"O sal da terra"

"CitizenFour"
"Finding Vivian Maier"
"Last days"
"Virunga"

Melhor documentário em curta-metragem
"Crisis Hotline: Veterans Press 1"

"Joanna"
"Our curse"
“The reaper (La Parka)”
"White earth"

Melhor animação
"Operação Big Hero"

"Como treinar o seu dragão 2"
"Os Boxtrolls"
"Song of the sea"
"The Tale of the Princess Kaguya”

Melhor roteiro original
Alejandro G. Iñárritu, Nicolás Giacobone, Alexander Dinelaris Jr. e Armando Bo (“Birdman”)

Richard Linklater (“Boyhood”)
E. Max Frye e Dan Futterman (“Foxcatcher”)
Wes Anderson e Hugo Guinness (“O grande hotel Budapeste”)
Dan Gilroy (“O abutre”)

Melhor roteiro adaptado
Jason Hall (“Sniper americano”)

Graham Moore (“O jogo da imitação”)
Paul Thomas Anderson (“Vício inerente”)
Anthony McCarten (“A teoria de tudo”)
Damien Chazelle (“Whiplash”)

Melhor fotografia
Emmanuel Lubezki (“Birdman”)

Robert Yeoman (“O grande hotel Budapeste”)
Lukasz Zal e Ryszard Lenczewski (“Ida”)
Dick Pope (“Sr. Turner”)
Roger Deakins (“Invencível”) 

Melhor edição
Joel Cox e Gary D. Roach (“Sniper americano”)

Sandra Adair (“Boyhood”)
Barney Pilling (“O grande hotel Budapeste”)
William Goldenberg (“O jogo da imitação”)
Tom Cross (“Whiplash”)

Melhor figurino
Milena Canonero (“O grande hotel Budapeste”)

Mark Bridges (“Vício inerente”)
Colleen Atwood (“Caminhos da floresta”)
Anna B. Sheppard e Jane Clive (“Malévola”)
Jacqueline Durran (“Sr. Turner”)

Melhor maquiagem e cabelo
Bill Corso e Dennis Liddiard (“Foxcatcher”)

Frances Hannon e Mark Coulier (“O grande hotel Budapeste”)
Elizabeth Yianni-Georgiou e David White (“Guardiões da Galáxia”)

Melhor trilha sonora
Alexandre Desplat (“O grande hotel Budapeste”)

Alexandre Desplat (“O jogo da imitação”)
Hans Zimmer (“Interestelar”)
Gary Yershon (“Sr. Turner”)
Jóhann Jóhannsson (“A teoria de tudo”)

Melhor canção

"Everything is awesome", de Shawn Patterson ("Uma aventura Lego")
"Glory", de John Stephens e Lonnie Lynn ("Selma")
"Grateful", de Diane Warren ("Além das luzes")
"I’m not gonna miss you", de Glen Campbell e Julian Raymond ("Glen Campbell…I’ll be me")
"Lost Stars", de Gregg Alexander e Danielle Brisebois ("Mesmo se nada der certo")

Melhor edição de som

Alan Robert Murray e Bub Asman (“Sniper americano”)
Martín Hernández e Aaron Glascock (“Birdman”)
Brent Burge e Jason Canovas (“O hobbit: A batalha dos cinco exércitos”)
Richard King (“Interestelar”)
Becky Sullivan e Andrew DeCristofaro (“Invencível”)

Melhor mixagem de som

John Reitz, Gregg Rudloff e Walt Martin (“Sniper americano”)
Jon Taylor, Frank A. Montaño e Thomas Varga (“Birdman”)
Gary A. Rizzo, Gregg Landaker e Mark Weingarten (“Interestelar”)
Jon Taylor, Frank A. Montaño e David Lee (“Invencível”)
Craig Mann, Ben Wilkins e Thomas Curley (“Whiplash”)

  
                                             
                                                                A minha aposta já está feita, já fizeram as suas? 

12 janeiro 2015

Fotografia: O olhar lúdico de Kyle Thompson

  Não sei vocês, mas eu gosto muito da simplicidade. Confesso que prefiro, mas hoje vamos passar longe dela.
  Kyle Thompson, em seus 23 anos de vida, já fez um belo trabalho fotográfico por aí e eu gosto tanto do que tenho visto que resolvi compartilhar com vocês. O que mais me despertou o interesse no trabalho de Kyle foi a capacidade de expressar pontos de vista através da construção das imagens, começando a fotografar aos 19 anos e denotando um interesse especial por auto-retratos e ambientes como casas abandonadas, suas obras formam um misto ora sombrio ora juvenil (entre outras facetas) e na maioria das vezes surreal, segundo o próprio artista, não há uma linha início-meio-fim, seu trabalho torna-se um instrumento capaz de embaralhar a imaginação do expectador a ponto de não permitir a assimilação de um enredo fixo. 

Escolhi as minhas favoritas e que retratam melhor o perfil do artista, mas você pode acessar o Portfólio.







O olhar lúdico de Kyle confere ao seu trabalho uma originalidade inenarrável.





10 janeiro 2015

Cinetoscópio #1 - The Great Gatsby (1974)

Se existe uma coisa que eu amo, essa coisa é: repetir inúmeras vezes os filmes que gosto. 
  "The Great Gatsby" é um caso de amor inevitável não só pela história, mas seu cenário em si, figurinos e entonação de voz dos personagens me inspiram de forma instantânea.  A primeira reação que tive após rever o que aqui no Brasil é intitulado "O grande Gatsby" foi pensar em como eu não acredito que ainda não escrevi sobre isso. 

  Não é o meu filme favorito, confesso, mas não posso deixar de compartilhar, finalmente, um dos que mais me elevam a imaginação.
  A história original de F. Scott Fitzgerald, conta um romance trágico com desfecho surpreendente e a versão de que falo é a de 1974, que tem Robert Redford e Mia Farrow como Gatsby e Daisy e é apenas uma das cinco que foram feitas: as primeiras três em 1926, 1949 e 1974, seguidas de uma versão para a televisão em 2000 e a última em 2013 com Leonardo Di Caprio e Carrey Mulligan. Ouvi muito falar sobre a segunda versão ser a melhor entre as cinco, mas creio eu que não há mais do que alguns registros de cenas perdidas por aí.
  Encontrei umas coisas bem legais para instigar a curiosidade, entre elas está a trilha sonora repleta de imagens legais da versão de 74:




O Trailer Oficial da Versão de 2013


Trechos da Versão de 1949

(Cena em que Jay está prestes a reencontrar Daisy)


E  o ÚNICO registro em vídeo que restou da primeira versão (1926)


As duas últimas versões para cinema estão disponíveis na Netflix.
Aos que consegui despertar a curiosidade, espero que gostem da indicação.

08 janeiro 2015

Confirmado: Tame Impala lança novo disco em 2015!

  Não é de hoje que meu gosto por Tame Impala vem se manifestando por aqui e no mês de Novembro tive a oportunidade de assistir ao show ao vivo no Circo Voador (Obrigada, Queremos!) e pirei, simples assim. Já era de se imaginar que fosse um show e tanto, mas na verdade foi fora de série e uma experiência muito curiosa.
  Já havia comprado a entrada meses antes, no exato dia em que iniciaram-se as vendas e daí em diante tudo o que eu esperava para ter um show satisfatório era uma boa apresentação de "Alter Ego" e "Why Won't They Talk To Me" e como previsto, os caras atenderam às expectativas majestosamente. 
  Devo admitir que pra mim Leonerism > Innespreaker é fato, o titubeio se dá a todo instante pois os dois álbuns são muito bons, mesmo assim penso que se fosse uma turnê da época de Innespreaker eu curtiria um pouco menos...ou não. Explico meu devaneio de incertezas (rs) da seguinte forma: Quando ouvi as duas músicas que mais esperava, achei que os pontos fortes do espetáculo já tinham sido alcançados, tolinha, mal podia esperar por "Elephant" e "Apocalipse Dreams" que estão longe de estarem nos "Mais executados" da minha biblioteca e os caras tocaram pra fuder nelas! Eu já havia escutado boatos de que o show era lotado de Jams, mas fica aqui o meu relato de emoção e transcendência sobre aqueles dois momentos do show que, pasmem, colocaram minhas duas músicas favoritas no chinelo. Nem mesmo o coro incansável da multidão em êxtase durante "Feels Like We Only Go Backwards" superou a mágica que eles fizeram em "Elephant" graças aos "improvisos" que tanto ouvi falar, esperei muito, nivelei alto e chego a conclusão que subestimei.
Vide Vídeo oficial do Queremos! pro show:



  Mas se engana que este aqui era pra ser um post de resenha, eu apenas não me contive. 
  Em 2015 vai ter Tame Impala! Kevin e sua trupe tem cartas nas mangas, como foi divulgado no último dia 05/12 em um release de imprensa pelo selo "Spinning Top Music". Ainda não há maiores informações sobre e como não encontrei video do show completo no Circo, vamos de (amador, porém simpático rs) "Elephant" Live In Rio:

Sem palavras pra esse grand finale.

Beijos da princesa Parker, pros entendedores!

05 janeiro 2015

Inspinsta: @wiezbickiariele

  Hoje, aproveitando o clima de férias, trouxe mais uma edição do que eu tô chamando de #Inspinsta. Trata-se de uma categoria que eu tenho pensado e demorei para tirar do papel por sei lá qual motivo: imagens inspiradoras de um determinado perfil do instagram.
  Começamos com @wiezbickiariele que me encantou por estar recheado de imagens praianas e à la wanderlust, estive inspirada a semana inteira com esse perfil!















Vale muito a pena ir lá no @wiezbickiariele e checar do começo ao fim!

02 janeiro 2015

#ÁlbumDaSemana: ...And Star Power - Foxygen

  Feliz ano novo!!! (Demorei, mas antes tarde do que nunca rs)
  O ano ia terminar com vários posts clichês que a gente não para de amar nunca com "Os melhores...do ano" no título, mas viajei e tive diversos imprevistos, inclusive a falta de internet.
  E pra começar bem o ano eu escolhi uma dica de álbum que teve seu lançamento em 2014 e provavelmente entraria em algumas das categorias dos posts de melhores do ano: "...And Star Power" do Foxygen. Antes é importante dizer que Foxygen merecia (mesmo) uma #dicadebanda aqui, não só o álbum, e provavelmente farei isso posteriormente mesmo que fique repetitivo #pqsim.
  "...And Star Power" sem sombra de dúvidas é um dos melhores álbuns que eu ouvi em 2014 e curiosamente é um dos que eu menos ouvi, explico isso da seguinte forma: pra mim existem álbuns e álbuns, aqueles que eu ouço durante outras atividades diárias e aqueles que eu preciso ouvir e apenas ouvir, "...And Star Power" definitivamente se encaixa na segunda categoria.
   Sendo Foxygen uma banda marcada pela sua referência ao antigo, mais precisamente ao cenário musical de 1960 a 1970, em uma estrutura linear que tem em seu último segmento o disco de que falamos retratando a cena pré-punk de forma diferente de bandas com quem podemos facilmente comparar como MGMT e Tame Impala (em "Star Power II" e "Hang"a semelhança com Tame Impala é clara), que com a mesma facilidade conseguimos diferenciar brutalmente pelo fato das últimas utilizarem muito mais recursos que remetem ao atual para a execução de suas obras que não deixam de se referir a obras anteriores, porém se diferenciam na utilização de recursos como sintetizadores, explorados exaustivamente, na intenção de uma identidade particular simultânea as referências claras, diferente de "...And Star Power" que abre mão da diferenciação clara, camuflando-se facilmente ao soar como uma mistura de sátira e homenagem ao "Verão do amor" de 67.
   Podemos Notar em "Coulda Been my love" referências claras à guitarra característica de Eric Clapton assim como em "Cosmic Vibrations" é inevitável não lembrar de Pink Floyd mesmo com algum ingrediente ou outro de bandas mais atuais e "I Don't Have Anything/The Gate" segue o mesmo caminho ainda com algum vestígio de Beatles incorporado. A iminência do punk é retratada de forma categórica em "666" tanto pelos vocais estridentes quanto pela guitarra simples de poucos acordes e a estrutura característica da faixa. Crystal Castles e seu som ruidoso tem uma aparição crescente nos créditos de referências, começando por "Cold Winter/Freedom", que soa desorganizada como um grito de desespero e culmina em "Talk" que apela para o "Lo-Fi" lembra pelo estilo e efeitos vocais. 

Ouça abaixo "...And Star Power" do Foxygen:



16 dezembro 2014

Dica de férias: Melhores filmes do ano - CCBB RJ


  Já tem programa pra Janeiro? Sério, reserva um pouquinho do seu tempo pra essa dica aqui. 

  No próximo mês vai rolar a tradicional mostra dos melhores filmes do ano no CCBB Rio de Janeiro,  serão exibidos os onze filmes mais votados pelos críticos da  ACCRJ seguidos de debates, além de homenagens a Alain Resnais, Eduardo Coutinho e Hugo Carvana.

  Em 7 de Janeiro vai rolar o debate de abertura mediado por Marcelo Janot, após a exibição de "Sob a pele" e "Ela".
  Você pode conferir abaixo a lista dos onze filmes selecionados e seus respectivos trailers:

Ela (Her), de Spike Jonze (EUA)
Boyhood: Da Infância a Juventude (Boyhood), de Richard Linklater (EUA)
Jersey Boys: Em Busca da Fama (Jersey Boys), de Clint Eastwood (EUA)
Magia ao Luar (Magic in the Moonlight), de Woody Allen (EUA)
Nebraska (Nebraska), de Alexander Payne (EUA)
O Grande Hotel Budapeste (The Grand Budapest Hotel), de Wes Anderson (EUA)
O Lobo atrás da Porta, de Fernando Coimbra (Brasil)
O Lobo de Wall Street (The Wolf of Wall Street), de Martin Scorsese (EUA)
Pais e Filhos (Soshite chichi ni naru), de Hirokazu Koreeda (Japão)
Relatos Selvagens (Relatos Salvajes), de Damián Szifrón (Argentina/ Espanha)
Sob a Pele (Under the Skin), de Jonathan Glazer (Reino Unido/ EUA)
Sério, gente. Olha essa programação, tá imperdível! 
Mais imperdível que isso só os posts que essa exibição magnífica está inspirando, tô mirabolando, aguardem.